Veículos autônomos, novos paradigmas da gestão do trânsito da cidade de São Paulo e para a Companhia de Engenharia de Tráfego
Resumo
A tecnologia faz com que o ser humano se desvencilhe de tarefas prosaicas do cotidiano e as transfira às máquinas, esta automação pode dar aos automóveis autonomia na realização de tarefas e comportamento de autômato, permitindo a melhoria da segurança do trânsito por meio de automação e inteligência artificial. Aproveitar esta transformação e limitar a ação dos automóveis evitando que se transformem em uma arma é uma oportunidade que deve ser explorada.
Este artigo aborda preliminarmente “veículos autônomos”, dos primórdios da automação mecânica, com a troca da manivela pelo motor de arranque, até o nível SAE 5 de automação completa, onde o veículo poderá ir buscá-lo em casa e leva-lo ao trabalho, e depois dirigir-se a um estacionamento independentemente, por exemplo.
A operação plena do veículo autônomo depende de técnicas e tecnologias que mudarão o paradigma das cidades e dos transportes nos próximos anos. Os sistemas críticos para que isto ocorra são os de segurança e controle, pois o trânsito é um dos grandes responsáveis pela morte de pessoas prematuramente, e a evolução destes sistemas determinará o momento destas mudanças no futuro. Poder-se-á limitar velocidade e criar freios automáticos anti-atropelamentos, por exemplo.
A interpretação automática de imagens para identificação dos demais elementos do trânsito, sua velocidade e curso, a precisão dos sistemas de telemetria, e a tomada de decisão por sistemas de inteligência artificial são os pontos de pesquisa e desenvolvimento atuais por onde se chegará aos sistemas de veículos autônomos até 2030.
Para que isto ocorra, a pesquisa em: redes neurais convolucionais CNN, rede de tomada de decisões DMN, e os sistemas V2V, e V2X de comunicação entre veículo e veículo, e veículo e central operacional são pontos em discussão na indústria automobilística que deverá estimular e fomentar sistemas que evitarão e impedirão a ocorrência de acidentes.
Para o poder público, além das questões legais e problemas de responsabilidade civil e imputabilidade, são elementos importantes a gestão da qualidade dos elementos de sinalização, tais como balizamento, sinalização vertical e horizontal, regulamentação e semafórico visuais, e o modo como a instrumentação às interpreta. Os serviços públicos podem ser beneficiados com estes sistemas na redução de custos, ou de melhoria geral de desempenho.
E quando se trata de veículos aqui, não são obrigatoriamente aqueles de transporte individual, ou seja, espera-se que estes benefícios sejam utilizados em veículos de transporte coletivo de passageiros, de carga e outros serviços públicos.
Também não é necessário que os veículos sejam completamente autônomos inicialmente, mas que tenham subsistemas automáticos que melhorem seu desempenho e segurança, assim como foram os cintos de segurança, os air bags e o Anti Block System ABS. Ou mesmo possam ser controlados automaticamente em caso de velocidade excessiva ou motorista dormir, impedir motorista alcoolizado ou parar seguramente quando sofrer colapso físico.