Freios automáticos emergenciais para redução de acidentes ações possíveis de gestão e potencialidades
Resumo
Acidentes de trânsito matam todos os anos milhões de pessoas no mundo, segundo a World Health Organization WHO houve 1,35 milhão de mortes no trânsito em todo o mundo, em 2016 [4], com outros milhões sofrendo ferimentos graves e vivendo com sequelas permanentes. O Brasil fica atrás da Índia e China em mortes no trânsito, segundo a agência [4]. De acordo com dados do Ministério da Saúde, o país registrou 32.667 mortes em acidentes em vias e rodovias em 2019, número que subiu ligeiramente para 32.716 em 2020 e continuou a aumentar para 33.813 em 2021. Ou seja, um aumento de 3,5% em três anos [2]. Na cidade de São Paulo o acréscimo de fatalidades no trânsito iniciou-se em 2021 mantendo-se em elevação até 2023. Os motociclistas foram as vítimas que mais perderam a vida rodando em São Paulo: 409 morreram em 2023. Na sequência, vêm os pedestres e as vítimas de acidentes de carro. Do total, 81% são homens e 19%, mulheres [3]. Segundo a OPAS três porcento do PIB dos países da América Latina são consumidos com acidentes de trânsito [4]. Considerando o aumento dos acidentes fatais deve-se buscar soluções que ofereçam redução de impacto nestes sinistros assim como foi a implantação do cinto de segurança nos anos 90, este dispositivo conjuntamente com as bolsas de ar, air bags, que atuam nos passageiros, que são protegidos também pela carapaça metálica existente, porém quem está fora e exposto ao acidente não conta com o mesmo recurso. Dada a fragilidade de pedestres, ciclistas e motociclistas deve-se dotar os veículos de sistemas que possam exercer papel ativo na minimização dos acidentes e suas consequências. O objetivo deste artigo é mostrar os recursos existentes dentro do veículo que possam minimizar os impactos do acidente sobre os elementos do tráfego externos ao veículo. Podemos listar os dispositivos de redução de velocidade como os freios de emergência e seus componentes, luzes, sensores e detectores de aproximação dianteira ou traseira e sistemas de atuação automática para evitar colisão frontal. Metodologia adotada foi a identificação dos dispositivos dos veículos que devem ser obrigatórios nos veículos para redução dos impactos e severidade de acidentes, e deve ser estabelecido uma legislação que versará sobre a presença obrigatória destes elementos às montadoras de veículos. Os freios automáticos são os primeiros destes itens, e para que funcione é necessário que seja antecipada o máximo possível a resolução que regulamente estes itens, apesar de haver minuta de Resolução no SENATRAN para este fim esta não foi publicada.